Camila narrando:
Um dia depois :
Acordei com a luz do sol invadindo o quarto pelas frestas da cortina e um silêncio gostoso enchendo o espaço. Virei devagar, e lá estava ele… Guilherme, deitado ao meu lado, de costas, com aquele jeitinho de quem finalmente tava em paz.
Sorri sozinha, abraçando o travesseiro, com o coração leve. Parecia que tudo que tinha acontecido era um sonho… mas meu corpo lembrava que tinha sido bem real. Ficamos a tarde toda naquele motel e só voltamos pra casa bem tarde, foi tudo tão maravilhoso.
Do nada, o celular dele começou a tocar em cima da cômoda. O som meio abafado fez ele se mexer, levantar devagar, ainda sonolento. Vi quando ele pegou o celular e olhou o número, franzindo um pouco a testa. Depois saiu do quarto e foi pra sacada, só de calça de moletom, com o celular no ouvido.
Eu fiquei ali, deitada, só ouvindo de longe, ainda com aquela preguiça boa de quem não queria que a manhã passasse.
— Alô? — ele atendeu, com a voz rouca de quem tinha acabado de