29. Tentação
Sinto sua respiração em minha nuca e em seguida sua pele em meu braço. Com minhas costas já encostadas em seu peito, conseguia sentir o palpitar de seu órgão vital e assim, aos poucos, o palpitar do meu coração se desregulou. O cheiro de sabonete exalava de seu corpo, junto do odor do shampoo. Poderia ficar sentindo esse cheiro por horas, se conseguisse. O problema é que ainda, Lucca é o mesmo Lucca. Não mudará.
— Boa noite, princesa.
— Boa noite. — respondo-o baixinho.
— Pensei que já estivesse dormindo. — disse, com a boca próxima de minha orelha.
— E eu achei que poderia dormir em paz.
— Dormiria, se eu conseguisse o que queria mas, como não, ficarei aqui para te atentar.
— E desde quando se tornou uma tentação?
— Sempre fui, meu amor. — ele me aperta em seus braços e finjo que o senhor tentação não me incomoda nenhum pouco. De fato, é... Ele é uma tentação, não gigantesca, uma tentaçãozinha, minúscula. Fecho os meus olhos e sinto seus lábios em meu pescoço.
— Boa noite querida.
—