54. Péssimas intenções
Num movimento rápido, abro a porta e a vejo, de lado, com a dobra interna do cotovelo em seu rosto e os olhos fechados, pronta para soltar mais um espirro.
— Não consegue ser civilizada e parar de escutar atrás da porta? — questiono, friamente, fazendo-a me encarar.
— Eu só estava usando o banheiro. — responde, e no fundo, sei que é mentira.
— Não ouse brincar com a minha cara, estava ouvindo!
— Se está duvidando, então entre no banheiro e veja o lixo!
— Qual a sua dificuldade de dizer a verdade? É extremamente difícil para você ser honesta?
— Eu não estou mentindo, não ganho nada mentindo para você e sinceramente, acho um ultraje que me incrimine sem verificar as provas. O lixo do banheiro está ao seu dispor se não acredita em mim. Agora, com licença.
Stella vira-se de costas para mim, como se ela fosse quem acabou de dar a última palavra nesta discurso. Me revolto por sua ousadia. Desde quando fiquei tão fraco ao ponto de uma mulher como ela tomar uma atitude como essa estand