30. "Você sempre está..."
Já faz um tempo que estou esperando-o sentada no sofá. O vestido azul me caiu bem. Tentei deixar mais natural, por isso, passei um batom nos lábios. Não tão forte, apenas para deixar uma corzinha.
Vejo o relógio na parede mais uma vez e assim que deu oito horas, levanto-me e caminho até o hall de entrada. Assim que abro a porta para sair, vejo Lucca parado, com a mão em seu bolso e aquele olhar que deixa meu corpo inteiro arrepiada.
— A senhora está atrasada.
— Da próxima, não espero por você.
Passo por ele e sigo em direção ao outro lado do carro. Porém, antes de completar a volta, Lucca pega em meu braço e me puxa para si.
— Preste atenção. Não ouse fazer nenhuma gracinha lá, repito, nenhuma. Se eu notar, não irá gostar quando chegar em casa. Se pensa que pode fugir ou se livrar de mim, está enganada. Não é porque estaremos em sua antiga casa, com o seu pai nela, que você tem algum poder. É a minha esposa e não deixará de ser em hipótese alguma.
— Nenhuma das opções me passaram pela