Stella

Estava escuro. Não pude ver nada além de mim mesma neste lugar. Meu corpo estava dolorido, parecia que me atropelaram ou fizeram alguma coisa comigo. Dou alguns passos no enorme e vasto espaço preto, sem rumo, sem ao menos saber para onde queria ir.

Isso me faz lembrar de Alice e sua pergunta ao gato risonho, recebendo, por fim, sua resposta. Afinal, quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve. Não é?

No meu caso, agora, qualquer caminho está servindo. Isso se eu tiver sorte de encontrar um. Continuo, sem ter um rumo definido, o motivo para isso... Bom, eu não sei. Não compreendo a razão por trás de minha ação, só sei que algo dentro de mim me faz continuar.

Aos poucos, um clarão surge e vai esvaindo a escuridão. Pontos brancos caem sobre o chão, estico a mão para pegar e devagar analiso o pingo que caiu do que acho ser o céu.

— Neve? — pergunto a mim mesma enquanto via os demais flocos caírem como confete.

Com a chegada da luz, uma floresta foi revelada em minha fr