21. "Eu vou te ajudar"
Algumas enfermeiras entram correndo, como se eu fosse algum tipo de liquidação de sapatos. Eu só quero ficar sozinha, por que insistem tanto em me rodearem?
Assim que estão ao meu lado, uma delas coça a garganta, fazendo com que eu a olhe.
— Precisaremos recolocar o soro, podemos?
— Eu estou ótima, não preciso disso.
— Senhora Bertalli...
Me levanto rapidamente mas, mesmo sentindo a pressão caindo, a respondo:
— Nunca mais me diga isso, não quero ouvir, ver ou até mesmo sentir algum cheiro que me lembre daquele homem. Eu quero sair daqui.
— Me desculpe. Quanto a sua saída, não será possível. Seu corpo ainda está fraco, te colocamos no soro para se hidratar e recuperar as vitaminas perdidas. Devemos recolocar, para que fique bem mais rapidamente.
— Quanto tempo?
— Perdão...?
— Quanto tempo para terminar esse saquinho aí?
— Uma hora à duas, depende de como está a veia em seu braço.
— Coloque logo. — estendo o braço e viro meu rosto para o outro lado, sinto o algodão tocando em minha pel