Clarice ficou paralisada. Que tipo de "coincidência" teria matado Durval?
Teresa estava perdida em suas memórias, sem prestar atenção na expressão de Clarice, e continuou falando:
— O acidente de carro foi mesmo um acaso. Durval estava consciente, tentando sair do carro. Eu peguei um enfeite que estava no painel e bati na cabeça dele até ele desmaiar. Depois que eu consegui sair, o carro pegou fogo. Durval virou cinzas, e eu sobrevivi! Ele mereceu esse final!
Teresa falou com uma satisfação assustadora, como se relembrar aquele momento a enchesse de alívio.
Durval era um homem que, para o mundo, parecia gentil e equilibrado, mas na intimidade se revelava um monstro. Na cama, ele a torturava com ferramentas, exigia coisas cruéis e não permitia que ela chorasse.
Com a morte dele, Teresa sentiu que havia finalmente se libertado.
Clarice observava em silêncio a expressão deformada de Teresa, mas não sentia nenhuma pena dela.
Durval havia sido o marido que Teresa escolheu. Se e