— Clarice, será que você pode parar de competir com a Teresa por tudo? — Sterling falou com o rosto carregado de frieza. Clarice ficou atônita. Ela estava ferida, apenas queria que ele ficasse ao seu lado, e isso era considerado competir com Teresa? No entanto, ela rapidamente recuperou a compostura e sorriu levemente: — Se você se importa tanto com a Teresa, por que não pede o divórcio e se casa com ela? Se eles se divorciassem, ele poderia amar quem quisesse, estar com quem quisesse, visitar Teresa sempre que quisesse, e ela não teria nada a ver com isso. Mas ele recusava o divórcio, enquanto mantinha uma relação ambígua com Teresa. Ela não interferia, mas era impossível não se sentir incomodada. — Asher e sua irmã vão se casar em breve. Mesmo que você se divorcie, ele nunca vai se casar com você. Ou será que você quer dividir o mesmo homem com sua irmã? — Sterling disparou as palavras como flechas, atingindo Clarice em cheio. Ela ficou completamente atordoada. Aos olhos de
O toque do celular quebrou o momento de tensão no ar. Clarice, incomodada, empurrou Sterling. — Me coloca no chão! Sterling não teve escolha a não ser obedecer. Ele a deixou no chão com cuidado, e Clarice, com dificuldade, pulou em um pé só até o sofá, onde se sentou e pegou um livro que estava ao lado. Enquanto isso, Sterling atendeu o celular. — Sr. Sterling, a Sra. Teresa acabou de acordar. Ela está chorando e dizendo que quer vê-lo. Disse que, se você não for, ela vai se matar! — A voz de Isaac soava ansiosa. — Que horas você pode chegar? — Estou saindo agora. — Sterling respondeu sem hesitar, desligando a ligação logo em seguida. Antes de sair, ele lançou um olhar para Clarice, que estava sentada no sofá, concentrada no livro. Ela parecia tão tranquila, tão bonita e tão serena que ele sentiu uma inexplicável sensação de paz. Por um instante, ele pensou que talvez uma vida assim, ao lado dela, não fosse tão ruim. Clarice percebeu o olhar dele e levantou a cabeça. Se
No passado, sempre que Clarice sofria alguma injustiça em casa, ela ia procurar Asher. Ele estava sempre esperando por ela na porta, e isso lhe trazia uma sensação de segurança e conforto. Depois de tantos anos, ao ver essa cena novamente, era inevitável que as lembranças viessem à tona. Assim que Clarice desceu do carro, Asher se aproximou e estendeu a mão para ajudá-la: — Sua perna está bem? — Está tudo bem. — Clarice desviou da mão dele. — Está um pouco frio aqui fora, vamos entrar para conversar. Eles já não tinham mais a mesma relação de antes, quando podiam segurar as mãos sem preocupações. Agora, era necessário manter uma distância apropriada. Asher ficou um pouco desapontado, mas recolheu a mão. Clarice caminhou na frente, mantendo uma distância respeitosa. Ao se sentarem, Clarice pediu um copo de leite e uma fatia de tiramisu. Ela não havia comido nada à noite e já estava com fome. Asher pediu um café. — Tomar café à noite? Depois vai conseguir dormir? — Cl
Uma vida era longa. Eles certamente tiveram muitas oportunidades para se reencontrar no futuro. — Eu vou terminar o bolo e já vou embora. — Clarice disse enquanto levava mais uma colherada de bolo à boca. — Ah, Asher, a partir de amanhã estarei de licença. Não sei quando volto ao trabalho. Não precisa se preocupar em me mandar seguranças. Ela estava comendo muito nos últimos tempos e sentia fome com frequência. Além disso, naquela noite não havia comido nada, então realmente estava faminta. — Tão cedo já de licença-maternidade? — Asher perguntou, surpreso. Será que Sterling já sabia da gravidez dela? Se sabia, parecia que o relacionamento entre eles não estava tão ruim assim. — Não, é só uma licença comum. — Clarice respondeu, sem querer entrar em detalhes. Afinal, era um assunto pessoal. — Certo, termine de comer seu bolo primeiro. — Asher não insistiu. Perguntar mais seria invasivo. Clarice assentiu com um "sim" e continuou comendo. Enquanto isso, Asher a observava, a
Dentro do estojo de joias havia um pequeno broche de diamante, brilhando intensamente sob a luz do ambiente. Os olhos de Sterling estavam frios como gelo, e sua expressão carregava uma raiva crescente. — Você arrastou essa perna machucada no meio da noite só para se encontrar com ele por causa desse broche? A fúria dentro dele estava aumentando rapidamente. Sterling se lembrava claramente de como ela mal conseguia andar quando ele saiu. Mas, para ver Asher, Clarice parecia não se importar com a dor na perna. Claramente, Asher tinha um lugar muito especial no coração dela. Seu rosto estava tão sombrio quanto uma tempestade prestes a começar. Clarice, ao perceber que ele já tinha visto o broche, decidiu não discutir. Com um sorriso leve, ela passou os dedos pelos cabelos e disse com calma: — No meio da noite, você também vai correndo ao encontro da Teresa quando ela liga, e vocês até passam a noite juntos. Eu só fui ver Asher por alguns minutos, e ele me deu um presente de an
Sterling sentiu um aperto no peito, e um pensamento assustador passou por sua mente: Clarice tinha se suicidado! Ele tinha acabado de voltar do hospital, onde havia lidado com a tentativa de suicídio de Teresa. Era natural que sua primeira reação fosse pensar no pior. Sem tempo para refletir, ele correu até a banheira e pegou Clarice nos braços. Sua voz saiu cheia de urgência, quase tremendo: — Clarice, se você ousar morrer, eu imediatamente retiro toda a equipe médica da sua avó! Acorde agora! Havia algo em sua voz que parecia conter uma emoção que ele não queria deixar transparecer. Clarice foi despertada pelo tom alto e ansioso dele. Ao abrir os olhos, encontrou aquele olhar desesperado e preocupado. Ela franziu as sobrancelhas, confusa: — O que você tem? — Você não tentou se suicidar? — Sterling soltou um longo suspiro de alívio, e sua expressão começou a relaxar. — Eu só estava muito cansada e acabei dormindo. — Clarice piscou algumas vezes, tentando entender a sit
— Clarice, o que você quer dizer com isso? — Sterling esticou o braço para segurá-la, mas acabou puxando a toalha que cobria o corpo dela. Clarice soltou um grito, surpresa: — Sterling, o que você está fazendo? — Seu cabelo está molhado. Está proibida de ir para o quarto assim! — Sterling, visivelmente desconcertado, virou-se apressado, pegou uma toalha e jogou na cabeça dela. — Seque o cabelo! — Sua voz soou firme, quase autoritária. Clarice tirou a toalha da cabeça e retrucou: — Me devolve a minha toalha! Sua voz, sem querer, ganhou um tom suave e levemente embaraçado, que tinha um quê de provocação. Sterling sentiu o efeito imediato disso em seu corpo. Com as sobrancelhas arqueadas, ele caminhou até ela segurando a toalha. Seus gestos eram surpreendentemente gentis enquanto enxugava as gotas de água em sua pele. Então, ele se inclinou e deixou os lábios tocarem suavemente o ouvido dela, mordendo de leve. O toque era um misto de cócegas e umidade, completamente difer
Hospital Esperança, quarto VIP. Na cama, Teresa segurava o celular com força. Seu rosto pálido estava tingido de raiva. Clarice, aquela mulher desprezível, o que ela tinha feito para enfeitiçar Sterling dessa forma? Ele realmente a deixou sozinha no hospital para voltar para casa? Isso estava a ponto de enlouquecê-la. Ela precisava encontrar uma maneira de tirar Clarice do caminho, e rápido. Nesse momento, a porta do quarto foi levemente batida. Teresa tentou reprimir sua irritação e olhou para a entrada antes de responder suavemente: — Entre. A porta se abriu, e Callum apareceu na entrada, parcialmente encoberto pela luz que vinha do corredor. — Callum? O que você está fazendo aqui? — Teresa perguntou, surpresa. Era tarde da noite, e ela não esperava que Callum fosse procurá-la naquela hora. Callum entrou rapidamente no quarto e, sem dizer nada, se inclinou e a envolveu em um abraço apertado. — Teresa, me deixe te abraçar, só por um minuto. Teresa percebeu que havi