Ela estava ofegante e vermelha, não olhava nos meus olhos. Alguma coisa tinha acontecido com ela. Celina não era assim. Respirei fundo e perguntei de uma vez, temendo a resposta:
— Vocês se beijaram?
— Pelo amor de Deus, não! Joana, eu trabalho somente há dois meses lá…
— Celina, você está vermelha, hesitante, não olha nos meus olhos, o que aconteceu?
— Não aconteceu nada, está bem? Ele só bebeu muito e segurou a minha mão.
— Segurou a sua mão?
— E eu fui embora, foi só…
— Foi só o suficiente para mexer com você?
Ela baixou os olhos e não respondeu.
— Celina, cadê toda a sua inteligência? Justamente quando mais precisamos dela, ela te abandonou?
— Eu… Eu…
— Celina, eu te amo. Mas ele não é um homem para se apaixonar. Está em luto e nós temos uma missão. Ele deve confiar em você para a gente poder…
— Eu sei… eu sei… eu não vou me apaixonar… vamos esquecer