Ouvi o som do carro estacionando na garagem e meu coração deu um pulo! Larguei minha boneca e saí correndo para a porta. Mas, desta vez, Jojo não estava ali para me dizer que eu não devia esperar um abraço.
Dessa vez, eu sabia que ia ganhar um.
Assim que a porta se abriu, vi meu papai. Ele ainda usava terno, mas a gravata já estava afrouxada, e ele segurava uma sacola na mão. Seu rosto cansado se iluminou ao me ver.
— Sofia!
— Papai!
Corri para ele e, sem esperar, me joguei em seus braços. Senti seus braços me envolverem com força, e minha bochecha encostou no tecido frio de seu paletó.
— Como foi seu dia, princesa? — ele perguntou, me soltando só o suficiente para olhar nos meus olhos.
— Foi muito legal! Celina me ajudou na lição de casa, e eu fiz um desenho da nossa família. Olha!
Peguei o papel que deixei na mesa e mostrei. Tinha eu, a mamãe Celina, o papai e até Jojo! Todos de mãos dadas.
Ele olhou por um momento e sorriu, um sorriso de verdade, não daqueles apressados que e