Eu me aproximei de Celina em um descontrole extremo e segurei seu pulso. Eu deveria soltá-la. Era isso que a razão me dizia. Mas a razão não estava no controle agora.
Meus dedos envolviam seu pulso, e a pele dela estava quente sob a minha. Um toque simples. Um toque que não significava nada. Exceto que significava tudo.
Celina respirou fundo, tentando recuperar o equilíbrio que claramente também escapava dela. Meu olhar desceu para a curva delicada do seu pescoço, o movimento sutil de sua respiração. Eu sabia que se me inclinasse um pouco mais, sentiria o cheiro do seu perfume. Encostei meu nariz no dela, deixando meus lábios quase tocando os seus.
— Gabriel… — Minha respiração quase falhou quando ela disse meu nome daquele jeito. Não "senhor". Não "senhor Gabriel". Apenas Gabriel.
Quando ela me chamou assim, eu quase perdi o controle. Fechei os olhos por um instante. Um erro. Era isso que isso tudo era. Mas se era mesmo um erro, por que parecia tão ce