Não, não havia mais volta mesmo. Ele me beijou novamente, com uma intensidade ainda maior, como se quisesse marcar cada parte de mim. O toque dos seus lábios era firme, possessivo, e ao mesmo tempo, tão carinhoso que fazia meu coração disparar. Cada suspiro, cada batida, cada estremecimento meu, parecia responder ao comando silencioso dele.
Eu não queria pensar que não estava prestes a acontecer. Não queria interromper o momento com questionamentos ou incertezas. Ele estava ali, e eu, envolta pelo calor da presença sua, só conseguia sentir uma urgência crescente entre nós.
Quando ele me soltou, seus olhos me encararam com uma mistura de desejo e certeza, como se soubessem que, de agora em diante, nada seria mais o mesmo.
— Você sabe o que isso significa, não sabe? — disse ele, a voz rouca, quase uma provocação.
Eu sabia. Algo dentro de mim sussurrava que não havia mais como voltar atrás.
— Você é minha, Celina. Minha. Diga que aceita porque você é minha, você sabe que é.
Eu era. Eu