Vincent
continuação...
A noite caiu feito um manto sujo sobre a cidade. E eu estava pronto para sujá-la ainda mais. Julian caminhava ao meu lado, rápido, eficiente. Tinha três celulares ligados em chamadas diferentes, monitorando cada movimentação de Giulietta, Salvatore e Bianchi. Eles se escondiam bem, mas eu já tinha aprendido que ninguém é invisível quando se mexe demais.
— O grupo de Milão fez contato. Querem saber se mantemos o plano de contenção. — Julian disse, sem perder o ritmo.
— Mantém. E diz que o inferno só tá começando.
O carro parou em frente ao galpão na zona industrial. Do lado de fora, os homens de confiança esperavam. Cada um armado até os dentes. Sem uniforme. Apenas olhos de guerra.
— Chefe, temos três entradas alternativas no perímetro sul do antigo depósito dos Bianchi. A Giulietta tem feito reuniões lá com um novo grupo. Provavelmente mercenários. — disse Daniel, um dos meus homens mais antigos.
— E a droga? — perguntei, com a voz baixa e dura.