Pietra
Estava arrumando o quarto de Andressa quando o som do celular vibrando sobre a mesa de cabeceira ecoou pela terceira vez naquela manhã. Nem precisei olhar para saber de quem era a chamada. Mais uma vez, Anton.
Minha mão hesitou por um momento, mas continuei dobrando o cobertor, ignorando o aparelho como havia feito nas últimas vezes. Ele não desistia, e isso só tornava as coisas mais difíceis para mim.
— De quem é? — perguntou Andressa, me observando com aquele olhar curioso e perspicaz que ela sempre tinha.
— Número desconhecido — menti, virando-me para ajeitar os travesseiros.
Andressa arqueou as sobrancelhas, sem parecer co