O set de filmagem fervilhava de expectativa. As jovens da produção mal conseguiam conter a empolgação depois daquela primeira cena com Lenno Bráz. Os sussurros e comentários tomavam conta do ambiente, como uma tempestade prestes a se formar.
— AHHH! Lenno Bráz num papel desses? Nem nos meus sonhos mais loucos!
— Calma aí! Você nem vai contracenar com ele, lembra? — rebateu outra com uma pontada de inveja.
— Mas por que, justo ela? Aquela presunçosa irritante!
— Ela é insuportável. Lenno podia muito bem pedir pro diretor substituir… Ela não tem talento pra isso!
As vozes se entrelaçavam em tons de desdém e desconfiança. Até que um leve pigarro interrompeu a maré crescente de maledicência.
— Ahem... — R. Edich, o diretor, pigarreou e levantou uma das mãos, pedindo silêncio. — Preparar. Três. Dois. Um... Ação!
E foi como se o tempo parasse.
Amara, alheia aos julgamentos que rodavam como flechas ao seu redor, respirou fundo. Assim que a voz do diretor ecoou, seu rosto se transformou. Os ol