Amara não era médica — não sabia como curar doenças, não compreendia os detalhes técnicos de um diagnóstico. Tudo o que podia fazer era usar o que havia de mais sincero dentro de si para confortar o pequeno Théo.
E, de algum modo, entre ela e aquele menino, havia algo mais. Um elo invisível, uma espécie de telepatia que ela própria não sabia explicar. Quando Théo tossia, se remexia, franzia a testa ou respirava com dificuldade, ela instintivamente sabia onde ele sentia incômodo. Movia-se com delicadeza, ajustava a posição do corpo, chamava Pitter para ajudá-la a cobrir o menino com o cobertor, ou apenas sussurrava suavemente em seu ouvido:
— Estou aqui, querido... ainda estou com você...
Antes da chegada de Amara, o pequeno coelhinho jazia na cama em um estado crítico. Estava instável, agitado, indiferente a todos ao redor — médicos, criados, até mesmo os avós. Nenhum cuidado parecia surtir efeito.
Agora, aninhado no colo de Amara, com a cabeça apoiada suavemente em seu ombro, Théo fi