Amara parecia atônita.
— Como isso pode estar acontecendo...
Pitter tentou tranquilizá-la rapidamente:
— Desde a última vez, há cerca de seis meses, isso não aconteceu novamente. Pode ser só uma febre comum, então tente não se preocupar demais, certo?
Mas Amara sabia, no fundo, que não era uma febre qualquer. Se fosse, Pitter não teria falado daquele jeito, nem carregaria aquela expressão tensa no rosto. Havia mais por trás.
— Muriel, pare o carro! — ela gritou de repente, com urgência.
Muriel, mesmo hesitando, sabia que se existia alguém a quem ele precisava obedecer, era ela. Sem questionar, encostou o veículo na beira da estrada.
— Senhorita Amara, o que houve?
Sem responder, ela abriu a porta com pressa e foi direto ao banco do motorista.
— Vai pro banco de trás!
— Hã? — Muriel piscou, confuso, sem saber o que estava acontecendo.
Mas ela não tinha tempo a perder. Agarrou-o pela gola e, com uma força surpreendente, o puxou para fora, empurrando-o para o banco de trás. Em um segundo