A história girava em torno de uma protagonista que nascera em berço de ouro. Sua família era a mais rica da região, liderada por um avô austero e poderoso, que tivera dois filhos. Por algum motivo, ambos enfrentavam dificuldades para ter filhos, o que tornava a sucessão da linhagem uma grande preocupação.
Finalmente, a mãe da protagonista engravidou. Os exames indicaram que o bebê seria um menino, o que trouxe euforia a todos. A sucessão parecia, enfim, resolvida.
Mas, nove meses depois, nasceu uma menina.
O choque foi geral. A mãe, sentindo-se culpada por não ter correspondido às expectativas da família, cedeu à pressão e ao desejo do marido de que a filha herdasse os negócios. Foi assim que decidiram criá-la como um menino. Desde então, a menina passou a viver travestida.
E isso durou mais de vinte anos.
Como ela conseguiu esconder isso por tanto tempo? Não importava muito. Afinal, histórias assim não precisavam necessariamente fazer sentido lógico — bastava que emocionassem.
De qua