Amara mora aqui? Como isso é possível? – Pillar repetia para si mesma, em choque, enquanto caminhava pelo saguão impecável do hotel-residência.
O lugar era tão luxuoso que até respirar parecia custar caro. Mas uma dúvida latejava: era necessário um cartão exclusivo para entrar e sair daquele complexo.
Então, como Amara tinha conseguido acesso?
Inquieta, Pillar não resistiu e foi até a recepção.
— Senhorita, a garota que entrou agora mesmo... Amara. Ela é moradora daqui? — perguntou com um sorriso forçado.
A recepcionista, educada, mas com um olhar que escondia algo, respondeu:
— Senhorita Pillar, sabe que nosso controle de informações é rígido. Não podemos revelar detalhes sobre os moradores.
Pillar, dissimulada, deslizou discretamente um cartão de compras pelo balcão.
— Por favor, querida. Só quero confirmar se ela mora aqui. Não é nada demais, você não vai se complicar.
A recepcionista olhou para o cartão com desprezo, lembrando-se de todas as vezes em que Pillar a tratara com arro