Lorenzo narrando
Uma semana.
Sete dias observando, calculando, aguardando.
Não é exagero dizer que Helena passou por um inferno nesse tempo. Eu fiz questão de que fosse assim. Porque quando se trata de negócios, a fraqueza do outro é a minha vantagem. E Helena — aquela teimosa que ousou dizer “não” pra mim dentro da minha própria sala — precisava aprender que eu nunca escuto um não.
Eu deixei claro desde o início: queria ela ao meu lado, dentro do meu plano, casada comigo por conveniência. Não por amor, não por desejo, não por escolha. Um acordo. Um contrato. Mas ela recusou. E como qualquer peça de xadrez que insiste em resistir, eu tratei de cercar até que não tivesse mais saída.
Gabriel foi essencial nessa semana. Meu amigo, meu braço direito em situações delicadas, foi quem manteve a pressão constante. Eu não precisava aparecer. Minha presença, nesse momento, seria uma moeda cara demais. Gabriel, com seu tom educado, a aparência de bom moço e a habilidade de falar como s