Não há como medir quanto de dor um ser humano suporta sem reagir, Tank se lembrava com a alma o que sentia a cada vez que assistia o pai tomar Dállia no meio da casa, como machucava vê-la com aquele olhar.
Ela não pedia, nunca reagiu, jamais reclamou, mas focava um ponto no nada e se perdia no tempo, o olhar vazio, sem as lágrimas de quem ainda é capaz de sentir. Ela não sentia, não mais. Simplesmente tinha aceitado o próprio destino, assim como o aceitou no dia do próprio aniversário.
Tank não se sentia melhor do que o pai, também a tomou para ele para satisfazer o desejo do corpo, mas em algum momento isso havia mudado e tudo o que mais queria era poder chamá-la de sua.
Mas como? Em um lugar onde a lei é escrita por pessoas que podem mudar de opinião com o nascer do sol, como arriscar ir contra o código?
Ele estava errado, não Russo.
Tank não apenas se deitou com uma mulher casada, como ela era sua madrasta, havia traído o pai, desejado a esposa de outro soldado e transado com ela v