Sarah
Há uma cacofonia insistente em meus ouvidos. Eu cubro meu rosto com o travesseiro, mas mesmo fechando os olhos com força e me concentrando, nada me faz sair disso.
É horrível. É assustador. E é o que me faz não partir de vez, o fino fio que me liga a realidade nesse momento.
Faz uma quantidade razoável de tempo, que eu corri para o meu quarto e me tranquei nele.
Eu ouvi Samuel me suplicar para abrir a porta, para deixa-lo ficar comigo, mas a única resposta que consegui lhe dar foi:
“— Por favor Sam, eu só preciso de um tempo.”
Ele não insistiu após aquilo. Samuel me conhece bem o suficiente para saber que eu estava lhe dizendo a verdade.
Morta. A palavra começa a perder o sentido, de tantas vezes que eu já a repeti em minha cabeça.
Eu nem consegui perguntar a Dylan, o que aconteceu ou como aconteceu. Minha única reação foi ficar lá, plantada e vendo que o desespero no rosto do jovem advogado, só poderia prover da realidade horrível em que estamos.
Tento fazer com que as lágri