Aurora
Acordei com a boca seca, a calcinha úmida e um pensamento indecente rondando minha mente: eu precisava transar. Urgente.
Sim, isso mesmo.
Não era fome. Não era enjoo. Não era ânsia de vômito ou vontade de chorar assistindo vídeo de parto no TikTok — era TESÃO. E dos brabos.
Tentei ignorar. Juro. Mas bastou virar de lado e ver Giovanni de olhos fechados, com os cílios enormes, a barba por fazer, e a respiração mansa… que tudo dentro de mim apertou. Literalmente tudo.
Merda, murmurei para mim mesma, passando a mão no rosto como se fosse resolver alguma coisa.
O médico havia dito que os hormônios da gravidez podiam me deixar mais sensível.
Sensível, o cacete. Eu estava uma ninfomaníaca de em um ambiente hospitalar.
Giovanni abriu os olhos devagar, sonolento, mas com aquele olhar quente de quem já acorda preparado pra guerra — ou para me despir com os olhos, mesmo com o monitor cardíaco apitando do lado.
— Está tudo bem? — ele perguntou, a voz rouca de quem ainda estava entre o son