Cap 284. Controle
Elisa abriu os olhos devagar, como se estivesse despertando de um transe. O mundo ao redor seguia em movimento, música, vozes, luzes pulsando. Mas dentro dela, tudo estava suspenso.
Ele ainda estava ali, parado, firme, com aquele olhar que parecia atravessar sua pele.
Sem afastar o rosto do dela, ele ergueu uma das mãos e, finalmente, a tocou. Os dedos deslizaram por seu quadril, subindo lentamente pela lateral do corpo, num toque leve, calculado, como se mapeasse seus limites com a ponta dos dedos.
— Me responda, coelhinha! Você está dentro ou fora? — perguntou com a voz baixa, mais grave do que antes, o timbre rasgando o ar como seda sendo cortada.
Elisa assentiu com um leve movimento de queixo. Não havia palavras suficientes. Só desejo.
Ele segurou sua mão e a levou com firmeza, conduzindo-a por entre o corredor lateral do bar. Passaram por uma porta escondida entre cortinas pesadas.
Do outro lado, uma sala privada, paredes escuras, iluminação suave, sofá de couro vinho