Cap 279. Desejo e decepção.
Elisa correspondeu. Suas mãos subiram até o pescoço dele, os dedos cravando levemente na nuca enquanto os lábios se encontravam em um beijo que não era suave, não era ensaiado, não era contido.
A respiração dos dois se misturava. O beijo dizia tudo o que os silêncios guardaram. A dor, a raiva, o desejo, a saudade mal admitida. Nada importava naquele momento, exceto a sensação de finalmente se encontrarem, ali, no meio do caos, da confusão, da mágoa, um no outro.
Porque, por mais que tudo estivesse errado entre eles… aquele beijo parecia ser a única coisa certa.
— Que saudade que eu estava dos seus lábios.— Murmurou Henrique pausando lentamente os lábios nos dela.
Elisa não conseguia dizer nada. Eles já haviam se beijado antes, porém nunca com essa intensidade, com esse desejo além da pele.
O beijo ficou mais profundo, mais faminto. Henrique a prensou contra o corpo, como se quisesse colá-la a si, como se temesse que, ao soltar, ela desaparecesse. Elisa não recuou. As mãos de