Elisa ficou imóvel por um segundo, o coração disparado, as pernas hesitantes. A mão dele em sua cintura era quente, firme, íntima. Mas não... ela não podia deixar ele fazer o que queria. Não mais.

Ela levou a mão ao peitoral dele, sentindo a pele quente sob os dedos. Por um breve instante hesitou, os olhos presos nos dele, mas então reuniu forças e o empurrou com delicadeza, criando o espaço que precisava para respirar.

— Para de brincar comigo! — disse ela, ajeitando os cabelos com um gesto rápido e tenso, como se quisesse afastar o que sentia junto com os fios. — Eu não sou nenhuma criança que você ganha com palavras bonitas depois de uma bronca.

Henrique piscou devagar, como se absorvesse o golpe. O sorriso sumiu por um instante, substituído por uma expressão mais contida. Seus olhos baixaram, como se buscassem fuga, e então pousaram sobre a corrente no pescoço dela.

Um sorriso reapareceu, mas agora com uma ponta de sarcasmo.

— Engraçado... — disse ele, erguendo uma das s