Elisa estava despedaçada, ela soluçava enquanto tentava falar.

— Amiga... o meu irmãozinho... — sussurrou, a voz falhando a cada sílaba, aninhada nos braços de Antonella. — Alguém tem que parar ele. Meu irmão não vai se tornar um monstro. Eu não vou deixar.

— Você tem certeza? — Antonella perguntou, secando o rosto de Elisa com ternura. — Eu posso falar com ele. Você não precisa passar por isso de novo.

— Mas eu preciso. — murmurou Elisa, os olhos fixos em algum ponto que não estava mais ali. — Ele é meu irmão. E se ele cruzou a linha... sou eu quem vai trazê-lo de volta.

O choro dela preencheu o corredor, um som cru, dilacerante. Não havia como silenciar aquela dor, não agora.

No quarto de Liam, a escuridão permanecia. A única luz vinha da rua, filtrada pela cortina, lançando sombras tênues no chão. Liam estava sentado na beira da cama.

A cabeça pendia para frente, os cotovelos apoiados nas pernas. Os pensamentos martelavam: os olhos da mãe cheios de decepção, a rigidez