— Alexander, colocou a mão no queixo e apoiou-se com o cotovelo sobre a mesa se perguntando novamente, franziu o cenho, os dedos batucando sobre a mesa com a outra mão. — E se foi propositalmente? — murmurou.
Seu lobo que quase nunca aparece por estar á passeio no mundo humano, resolveu dar o ar da graça. — Gargalhou dentro dele, ácido:
— Ah, finalmente usou o cérebro, parabéns! Achei que ia passar a noite inteira jogando xadrez imaginário com as sombras que te atormentam.
Alexander rosnou baixo.
— Não estou com paciência.
— Nunca está — retrucou o lobo, debochado. — Mas pensa comigo: uma falha desse tamanho? É como deixar a porta da frente aberta com um tapete escrito “entrem, invasores!”. Só não vê quem não quer.
Alexander apertou os punhos.
— Está sugerindo traição?
— Estou sugerindo que você é lento demais pra admitir. Quer que eu desenhe também?
Alexander manteve o olhar fixo no mapa, as rotas rabiscadas em vermelho.
— Se alguém deixou isso passar de propósito, teremos um pro