Nunca vi um lugar como aquele na minha vida.
Assim que o carro virou à esquerda e entrou pelo portão imenso de ferro com arabescos dourados, tive a certeza de que estava prestes a ser engolida por outro planeta. O hotel parecia um palácio esculpido na areia do deserto, torres de mármore branco, janelas altas com vitrais azuis, colunas de ouro esculpido e fontes por todos os lados, jorrando água cristalina no meio de um calor quase sagrado.
O nome do hotel estava em letras douradas que reluziam com o sol escaldante: Al Qamar Palace.
Era isso. Um palácio.
Nadia desceu primeiro, como se tivesse ensaiado cada movimento. Ela falou com o porteiro em árabe, depois abriu a porta para mim. O calor do lado de fora quase me fez recuar, mas eu respirei fundo e saí. Meus saltos afundaram levemente no tapete vermelho estendido até a porta giratória de cristal.
Entrar ali foi como entrar num filme.
O saguão tinha teto abobadado com lustres imensos de cristais, o chão reluzia em mármore polido, e os