O portão do ginásio de treinamento surge à minha frente, e, pela primeira vez em dias, sinto uma pequena—minúscula—sensação de alívio no peito. Aqui, pelo menos, minha mente costuma focar no que importa: disciplina, suor, controle.
Encosto o carro na vaga mais próxima da entrada e desligo o motor. Quando estou prestes a sair, noto pelo retrovisor a caminhonete preta ocupando o espaço ao lado.
Claro.
Asher encosta tão perto do meu carro quanto seu ego permite. Abro a porta com força, sem me dar ao trabalho de esperar por ele, e saio batendo-a mais alto do que o necessário.
Não olho. Não cumprimento. Não respiro perto.
Ignorar é a única maneira de manter minha sanidade intacta.
Começo a caminhar em direção à entrada principal, ouvindo logo atrás de mim passos familiares. Pesados. Irritantemente próximos.
— Você sempre caminha assim rápido ou é só quando sente minha presença? — ele pergunta, carregado daquele tom despreocupado que me dá vontade de cometer um crime.
— Eu caminho rápido qu