O cheiro de panquecas recém-feitas invade minhas narinas assim que entro na cozinha — um aroma quente, doce, irritantemente acolhedor. Max está sentado na banqueta do balcão central, despejando quase a garrafa inteira de calda por cima das panquecas, como se aquilo fosse socialmente aceitável.
Asher está de frente para o fogão, só de calção de treino e um avental verde, jogando uma panqueca para o alto como se estivesse em um comercial de margarina.
Max me nota parada na porta e levanta a mão num aceno exagerado.
— Bom dia, flor do dia — diz ele, com a boca já semi ocupada por panqueca.
Asher se vira ao ouvir o amigo. Ele ergue a sobrancelha para mim, mas não diz nada — claro — apenas coloca a panqueca recém-virada na pilha ao lado do prato de Max com uma eficiência quase irritante. Depois volta ao fogão, derramando mais massa na frigideira.
— Não sabia que você sabia cozinhar — digo, tentando parecer mais surpresa do que… outra coisa.
Max dá uma garfada enorme antes de falar:
— Com