Do outro lado, Isabela dormia de forma leve, entre o sono e a vigília, quando o celular vibrou.
Era Renato.
— Que foi? — Atendeu, com a voz carregada de impaciência. — No meio da madrugada, você quer o quê?
— O Cristiano tá com a gente. — Disse ele, direto.
Isabela ficou em silêncio por um segundo.
Os dedos que seguravam o celular enrijeceram, e o tom dela esfriou ainda mais.
— E daí?
— Ele bebeu pra caramba. Você não vem buscar ele?
— Liga pra Lílian.
E desligou.
Sem dar espaço pra mais nenhuma palavra.
Do outro lado da linha, os homens tinham acabado de sair do bar e estavam parados na calçada.
O celular de Renato ainda estava no viva-voz.
Quando a frase "liga pra Lílian" soou clara no ar, o rosto de Cristiano ficou ainda mais sombrio.
Um Maybach preto encostou logo em seguida.
Sérgio conferiu a hora no relógio e entrou no carro sem hesitar.
O vidro desceu até a metade.
Sob a luz dos postes, o contorno elegante do rosto dele parecia ainda mais definido, quase frio demais.
Durante tod