Lancei um último olhar discreto para as costas daquela mulher enquanto ela entrava diretamente no escritório de Carlos. Meu instinto não deixava dúvidas: ela tinha algo com ele.
No carro, fiquei pensando por alguns minutos antes de pegar o celular e ligar para Bela:
— Bela, preciso de um favor seu. Quero que alguém siga uma pessoa para mim...
Se eu não estivesse tão atolada com os pedidos da família Auth, teria ido pessoalmente. Achei que a investigação levaria uns dois ou três dias para render algo útil, mas, para minha surpresa, Bela me deu notícias ainda naquela noite, enquanto eu fazia hora extra no ateliê:
— Kiara, seu querido pai, o canalha, foi flagrado com uma perua no Hilton. Estão no quarto 8868. Quer ir lá pegar os dois no flagra?
Coloquei a agulha e a linha de lado, mantendo a calma:
— Eu, pegar no flagra? Não teria graça. Alguém tem que fazer isso por mim.
Liguei para Isabela.
— Kiara? O que você quer agora? — Ela sempre falava comigo com o mesmo tom impaciente.
Mas fui ed