No dia seguinte, fui direto à empresa de Carlos.
Assim que me viu, ele lançou um olhar frio, cheio de desprezo. Nem esperou eu abrir a boca e ele já começou com sua habitual ironia:
— O que você quer aqui? Ainda não causou confusão suficiente na família?
Ignorei o tom dele, caminhei até sua mesa e me sentei à sua frente, indo direto ao ponto:
— Preciso de dinheiro. Se você não vai devolver as ações da minha mãe, então me dê o equivalente em dinheiro.
Carlos parou o que estava fazendo e ergueu os olhos, o rosto ficando ainda mais sombrio:
— Kiara, você perdeu o juízo? Já te dei metade das ações da sua mãe. Nunca está satisfeita?
— Se eram da minha mãe, deveriam ser todas minhas. Ou você acha que estaria onde está hoje se não tivesse roubado os negócios dos meus avós?
Ele me encarou com um olhar duro, carregado de fúria. O silêncio se arrastou por alguns segundos, até que ele, de repente, levantou-se e veio em minha direção. Antes que eu pudesse reagir, ele me agarrou pelo braço e me pux