— Desculpa, minha avó está internada. Ela passou mal, estou no hospital. Acho que não vou conseguir sair hoje à noite. — Falei enquanto segurava os comprovantes de pagamento e caminhava em direção ao quarto. Minha voz saiu baixa, carregada de cansaço.
Jean, ao ouvir, imediatamente mostrou preocupação:
— É sério? Precisa de ajuda? Quer que eu procure algum médico?
— Por enquanto, não precisa. O médico disse que foi um infarto do miocárdio. Eles começaram o tratamento de trombólise.
— Em qual hospital vocês estão?
Eu hesitei por um instante, mas, após uma breve pausa, respondi:
— No Hospital Central.
— Certo. Resolva tudo por aí, e qualquer coisa, me avise.
— Tá bom.
Desliguei a ligação e voltei para o quarto. Minha avó havia sido acomodada e estava acordada. Neste momento, os médicos e enfermeiros faziam mais alguns exames.
Fiquei de pé em um canto, em silêncio, observando. Ouvir minha avó responder às perguntas do médico com clareza me trouxe um alívio enorme. Pelo menos, ela estava co