Depois que Emilia chamou o garçom, ela pagou a conta com um ar exageradamente generoso.
— Está pago. Aproveitem a refeição, queridas colegas. Comam e bebam à vontade. — Emilia jogou o recibo na mesa, bem na minha frente, com um tom que mais parecia uma esmola.
Ela achava que estava me humilhando, mas mal sabia que eu aceitava aquilo com o maior prazer. Peguei o recibo, dei uma rápida olhada e arqueei as sobrancelhas. Mais de seis mil reais! Que sorte a minha!
— Muito obrigada pela generosidade, Emilia. — Agradeci com um sorriso educado. Então, virei para Nina e comentei, em um tom que não era nem alto nem baixo. — Se soubéssemos que ia aparecer uma alma tão caridosa, poderíamos ter pedido mais pratos.
Nina abaixou a cabeça, tentando segurar o riso.
Ao ouvir isso, Emilia arregalou os olhos, furiosa:
— Kiara!
Eu me virei rapidamente para ela, fingindo preocupação:
— Não fica brava, foi só uma brincadeira. Uma mulher tão elegante e sofisticada como você jamais seria chamada de boba da cor