De repente, o celular começou a tocar. Quando vi quem era, a alegria que eu sentia desapareceu na hora.
Davi.
Havia dias que ele não entrava em contato, e agora, de repente, estava me ligando. Pela cara, ele também tinha recebido a sentença do tribunal. Peguei o celular, enquanto minha mente fervilhava de pensamentos. Será que ele queria voltar atrás?
E se quisesse voltar atrás? O que eu faria? Será que eu teria coragem de realmente entregar a Tânia para a polícia? Ela já estava arruinada o suficiente.
Não, eu não podia hesitar. Esse era o acordo desde o início. Se Davi ousasse quebrá-lo, eu daria o troco sem pensar duas vezes.
Com esse pensamento firme, atendi a ligação e levei o celular ao ouvido:
— Alô...
— Kiara... — A voz de Davi soou baixa e melancólica. — Você já recebeu a sentença?
Minha expressão permaneceu inalterada, e minha voz saiu fria:
— Acabei de chegar em casa e peguei agora.
— Você tem certeza de que é assim que quer terminar tudo entre nós?
Franzi as sobrancelhas, me