Depois de alguns instantes em silêncio, ele finalmente falou, com o tom mais leve:
— Tudo bem, vamos comer.
Ao terminar a frase, Jean se levantou e voltou para o seu lugar.
Eu mantive a cabeça baixa, soltando um suspiro de alívio. No entanto, uma sensação de culpa e tristeza começou a pesar no meu peito.
Não tive coragem de levantar os olhos para encará-lo. Depois de um momento de silêncio, falei baixinho, com a voz abafada:
— Desculpa. Eu sei que você está tentando me ajudar, mas agora eu…
Eu não consegui terminar a frase. A verdade era que, nesse momento, eu não me sentia capaz de aceitar o apoio dele, nem achava que merecia. Mas essas palavras simplesmente não saíam.
Por sorte, Jean parecia entender o que se passava na minha cabeça. Ele respondeu com um tom gentil e calmo:
— Quem deve pedir desculpas sou eu. Fui um pouco impulsivo e ultrapassei os limites.
Jean… pedindo desculpas para mim?
Fiquei surpresa. Levantei a cabeça às pressas e balbuciei:
— Não, não, não foi culpa sua. Você