Eu mal tinha conseguido me firmar no chão quando ouvi, às minhas costas, aquela voz suave e firme, que parecia sempre encontrar uma brecha para me desarmar:
— Kiara...
Meu coração disparou, e os pelos da nuca se arrepiaram. Virei-me rapidamente:
— Hã?
Jean ainda estava no carro, ligeiramente inclinado em minha direção. Seus olhos, brilhantes como estrelas numa noite calma, traziam um calor inesperado, enquanto um sorriso discreto suavizava sua expressão séria:
— Não se preocupe, estou muito bem de saúde. Obrigado pela preocupação.
Seu tom era tão sincero que, sem querer, meus nervos tensos relaxaram de imediato. Acabei sorrindo suavemente:
— Que bom.
— Até mais. — Ele fez um leve gesto com a mão.
— Até mais. — Respondi, retribuindo o gesto.
Minha intenção inicial era fugir dali o mais rápido possível, mas a sua resposta gentil, carregada de uma tranquilidade que parecia me envolver, me fez mudar de ideia. Eu permaneci parada na calçada, observando o carro dele partir. Por algum motivo,