Renata se sentou novamente com um sorriso meio nervoso no rosto.
— E aí, como você tá? - Sua voz estava meio trêmula, ela procurava a melhor posição para ficar na cadeira como se estivesse desconfortável com a situação. E que bom que estava porque eu não tinha intenção nenhuma de tornar aquilo algo normal. Ela chamou o garçom com um gesto e se voltou novamente para mim. — Eu não tive a chance de falar com você no funeral. Como que-
— Não somos amigas, Renata. - A interrompi com um tom frio, semblante ainda mais frio, cruzando os braços e me recostando na cadeira. — Não haja como se fossemos.
— Eu… - Ela hesitou procurando um ponto para fixar os olhos e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Eu só me preocupei e-
— Não precisa se preocupar comigo. - Falei a interrompendo novamente, com o mesmo tom. — Deixe que meus amigos façam isso.
Ela molhou os lábios e engoliu em seco. Não me importava se ela não estava feliz com o tratamento que estava recebendo, eu estava fazendo demais e