Tank imaginava saber o motivo daquela visita, deu meio sorriso e ao invés de abrir a porta ele pegou o bloquinho de papel que sempre usava para escrever os bilhetes para Dállia.
Pegou a caneta, respirou fundo. Daquela vez não tinha tempo para errar.
Oi, minha flor.
Essa é a última vez que te escrevo
Me perdoa por te amar errado
Por não ser o homem que você precisava
E por tudo o que a minha boca falou feio
Enquanto meu coração gritava bonito.
Eu fui um idiota
Mas eu te amei até o último minuto.
Enquanto Tank escrevia Sombra continuava batendo na porta, estava lá cumprindo uma missão e como era quase impossível encontrar o rapaz em casa, esperou até ele chegasse. Naquele dia não desistiria.
— Abre aqui, moleque, porra! Não me faz derrubar essa porta.
Sombra olhou para a porta e em seguida sussurrou para si mesmo.
— Eu não iria conseguir mesmo.
Tank terminou o bilhete, beijou o papel e colocou na caixa.
Abriu a porta como quem se entrega, saiu de casa de cabeça baixa e o conselheiro