O tempo passa para todos, seja para os amantes ou para os desafortunados e no condomínio, as estações também passaram duas vezes cada uma delas.
Tank sempre foi um rapaz divertido, com um humor ácido, era verdade, mas sempre estava reunido com os outros soldados, fosse em um jogo de cartas, em uma partida de basquete ou só falando besteiras sobre as garotas.
Mas até isso tinha mudado, ele se fechou.
Se fechou para as pessoas, para os sonhos e esqueceu.
Esqueceu de tudo, só existiu.
Uma rotina robótica, fria, calculada. Foi só o que restou dele depois daquela noite.
— Bom dia!
Amara tentava todas as manhãs, ensaiava seu melhor sorriso, pegava coisas gostosas na casa da sogra e levava para o irmão, mas a resposta era sempre a mesma.
— Bom dia, foquinha. Estou sem fome, pode ficar. Fecha a porta quando sair.
Tank a deixava sozinha na antiga casa de Russo e partia para o treinamento, de todas as pessoas daquele lugar, a única que ainda vislumbrava alguma humanidade no rapaz era Nick.
— Bo