A porta do quarto se abre silenciosamente, revelando Pedro. Ele está exausto, com olheiras profundas, mas se esforça para manter uma expressão neutra. Ele não suspeita da provocação de Sofia a Ana. Seus olhos varrem o quarto e param em Sofia, que está deitada na cama, a imagem da fragilidade.
_ Sofia… como você está?
Sofia se encolhe ligeiramente, uma encenação perfeita. Ela desvia o olhar para o lençol, como se estivesse com vergonha.
_ Eu… eu não sei, Pedro. Sinto muito por tudo isso. Eu tentei... Eu só… me senti tão sozinha.
Pedro se aproxima da cama, parando a uma distância respeitosa. A raiva que sentia por ela ainda está lá, um nó em seu estômago, mas ele a força para o fundo de sua mente. Agora, a prioridade é a saúde dela, evitar que ela se machuque novamente.
_ Você não está sozinha, Sofia. Não está. Eu… eu estou aqui agora.
Sofia levanta os olhos marejados para ele. Há um vislumbre de triunfo nela, rapidamente disfarçado por uma expressão de desamparo.
Estendendo a mã