Pedro mal conseguia respirar. A cabeça latejava, e as palavras do Dr. Almeida giravam em sua mente como um furacão. Grávida. Sofia. Um bebê dele. Ele se sentia como um barco à deriva em um mar revolto, sem bússola e sem velas.
O Dr. Almeida observava Pedro com uma expressão de serena compreensão.
_ Sr. Ramos, começou ele, sua voz calma e ponderada, sei que este momento é de grande turbulência emocional para você. Passar por isso,vendo alguém que você gosta se machucar. No entanto, permita-me dizer que a conexão que você tem com Sofia é evidente. Eu, como médico dela, tenho sido testemunha de muitos momentos que sugerem um profundo sentimento.
Pedro ergueu a cabeça, atônito.
_ Sentimento? Doutor, eu... eu não amo a Sofia. Isso foi um erro, um deslize. Eu tenho uma esposa...
O Dr. Almeida sorriu gentilmente, um sorriso que Pedro achou irritantemente benevolente.
Sr. Ramos, o amor nem sempre se manifesta da forma que esperamos ou idealizamos, bem não é o ideal,mas talvez deva repen