Ainda pensando naquela estranha, Rafael sentiu o desejo de um café forte. A confeitaria "Doce Sabor", que abria cedo para os pescadores e madrugadores, parecia a opção perfeita.
Ao entrar, o aroma de café fresco e pão doce o acolheu. Ele caminhou até o balcão e, ao erguer os olhos, a viu. Seus olhos se encontram. É ela! com um leve ar de desculpas, mas também um sorriso de canto.
Um calor inesperado se espalhou pelo peito de Rafael. A expectativa o dominou, misturada com uma curiosidade aguçada. Havia algo nela, uma aura de mistério e calma, que o puxava. O encantamento tomou conta, e ele se viu sorrindo levemente.
Ele se aproximou do balcão.
Bom dia. Posso ajudar?
O homem a observa, um brilho de reconhecimento em seus olhos. Bela voz.
_ Bom dia. Não acredito... Que coincidência, não é? A gente se esbarrando de novo.
Ele quer provocar.
_ Pois é. Em que posso ser útil?
Ela está resistindo.
_ Bem, eu vim... Eu preciso de um bolo. Um bolo infantil. Rosa.
Não consig