Era um beijo carregado de urgência, de saudade reprimida, de um desejo que parecia ter sobrevivido ao tempo e à distância. A boca dele a procurava com sofreguidão, suas mãos encontrando a cintura dela, apertando-a contra seu corpo.
Por um instante, a surpresa e a raiva de Jéssica se dissiparam, substituídas por uma onda de calor familiar. Ela respondeu ao beijo com a mesma intensidade, seus braços encontrando o pescoço dele, os dedos se emaranhando em seus cabelos. Era como se o tempo não tivesse passado, como se a química avassaladora que os unia na faculdade nunca tivesse se apagado.
Quando o ar começou a faltar, eles se separaram, ofegantes, os olhos fixos um no outro. Palavras não eram necessárias; a tensão palpável entre eles falava por si só. Havia mágoa, confusão, mas acima de tudo, um desejo inegável.
Após alguns segundos carregados de hesitação, Jéssica pegou a mão de Leo e o conduziu silenciosamente até a casa de Ana. Subiram as escadas em passos furtivos, até o quarto de