Enrico.
Mal passo pelos portões da mansão, e avisto uma das cenas das quais eu mais senti falta ultimamente: Yasmin gargalhando alto, deitada no gramado e ao seu lado, os três cães, Russo, Trovão e Paçoca.
Paçoca não é um nome exatamente habitual para um cão desse porte, mas assim que ela colocou os olhos nele, batizou e eu não fui capaz de fazê-la mudar de idéia.
Paro a uma certa distância e assobio, chamando a atenção dos animais que correm na minha direção, pulando em mim, seguidos da minha filha que se joga sorridente nos meus braços:
— Papai! — chama, animada — que saudades!
— Oi, meu amor! Eu também estava morrendo de saudades de você! Vamos entrar?
— Vamos. — Beija o meu rosto, correndo à minha frente — Paçoca, Russo, Trovão! — grita — Venham!
Entramos em casa e ela agora, em nada parece o lugar silencioso de sempre. Deixo Yasmin brincando e subo para tomar banho.
As minhas mãos ainda estão ardendo e quando fecho os olhos, a imagem da Sarah desesperada me faz querer socá-lo até