15_ A sentença

A Ceifa da Inocência

A frase saiu de seus lábios como um golpe baixo, um reflexo visceral do pânico gelado que lhe percorrera a espinha. — Seu pai nunca permitiria.

Foi a primeira vez que ele brandiu aquela arma contra ela—a arma cruel de sua própria irrelevância dentro daquela casa, a confirmação de que seu valor era ditado pela permissão de outro. Mas a investida, em vez de findar a batalha, arrancou de Sophia uma risada despretensiosa e suave, que ecoou sob a abóboda da figueira como um som estranhamente puro naquele campo de batalha emocional.

— Você acredita mesmo na falsa preocupação do meu pai comigo? — ela perguntou, e a pergunta pairou no ar como a piada de mau gosto que era. Seus olhos, agora límpidos e secos, brilhavam com uma lucidez que cortava mais fino que qualquer lâmina. — Você mesmo esteve ali, Philip. Você testemunhou. Quantas vezes ele me diminuiu? Quantas vezes desdenhou de qualquer coisa que eu fizesse, por mais irrelevante que fosse?

Ela não esperou por uma
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