O Peso do Segredo
O cansaço físico e emocional começava a pescar as pálpebras de Sophia quando, num último e lânguido olhar, ela capturou a expressão de Philip. Seu rosto, iluminado pela luz prateada e pelas sombras dançantes das folhas, era um campo de batalha silencioso. Entre a cruz e a espada. A tensão estava estampada na linha firme de sua mandíbula, no leve franzir entre suas sobrancelhas, na maneira como seus olhos, normalmente tão cheios de confiança, pareciam turvos pela indecisão. A ironia da situação não escapou a Sophia: era engraçado que um homem tão hábil em empunhar uma espada—literal e figurativamente—se visse agora desarmado por um conflito do coração.
Um impulso corajoso, nascido daquela paz efêmera e do desejo de confortá-lo—e talvez a si mesma—tomou conta dela. Com um movimento suave mas decidido, ela se reajustou na grama. Suas mãos, mais fortes do que sua aparência delicada sugeria, encontraram os ombros dele. Sem uma palavra, ela o puxou com uma firmeza gent