— Ódio? Sim.
Mas o ressentimento era ainda maior.
Só que meus sentimentos, sejam eles de amor ou de rancor, não tinham nada a ver com essa mulher.
Ela me abordou por um motivo óbvio: insegurança.
Talvez estivesse com medo de que eu ainda pudesse ser um problema entre ela e Geo.
Virei-me para ela com um sorriso leve.
— Srta. Furtado, nós não somos próximas. Quem eu amo ou odeio não é da sua conta. Mas, se você está tão curiosa, pode perguntar ao próprio Geo. Ele deve saber melhor do que ninguém.
— Ah, ele sabe. — Ela disse com naturalidade. — Mas eu ainda não sei.
Mirela continuou me pressionando.
Observei aquela mulher de personalidade forte e confiante.
— Você está com medo, não é?
Meus lábios se curvaram em um sorriso frio.
— Medo de que eu ainda possa ter algo com ele. Mas não se preocupe. O Geo de hoje… pode se ajoelhar na minha frente e implorar. Eu não perderia nem um segundo olhando para ele.
Mirela riu, mas em seu sorriso havia algo de desdém.
— Que frieza, Srta. Pinto.
Puxei u